Mostrando postagens com marcador textos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador textos. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Maria, a mãe do Rei

por Márcia Pires

Lendo o livro "um rosto para Jesus Cristo", escrito pelo Pe. Zezinho (descrição completa no final da postagem), deparei-me com textos dedicados a Maria.
Achei oportuno citar, hoje, um dos que me chamou muita atenção, já que hoje é o dia da coroação de Nossa Senhora.

"(...) falar de Jesus ignorando e diminuindo sua mãe é erro colossal para qualquer cristão, que às vezes quase deifica seus pregadores. Mas falar de Maria quase que a deificando e igualando-a ao Filho, também é erro colossal. Ela não foi e nunca será deusa ou semideusa. Foi humana, tocada pela graça. Mas não podia nem pode tudo. Tem que pedir. Não tem o trono nem o cetro. No Reino de Deus ela é rainha-mãe por causa do Filho, mas o poder é do Filho. (...) Charles, na Inglaterra de hoje, é o filho da rainha, porque sua mãe tem o poder. Jesus, rei do Reino dos Céus, não é o filho da rainha, porque ela não governa. Mas ela é mãe do rei... Usemos bem desses simbolismos!
Superexaltar Maria é errado, diminuí-la também. Não é igual a Jesus, mas, depois dele, ninguém esteve tão dentro do mistério da presença de Deus neste mundo, Por isso dizemos que o filho tem o poder e ela tem o pedir.
(...)
Achar o lugar de nossa devoção por Maria, dentro da cristologia católica, é urgente e fundamental. Por isso, só por questão de coerência, na próxima vez que você entrar num templo, vá primeiro ao sacrário e depois procure a imagem de Maria. Não fale com a imagem, porque imagens não ouvem. Jesus está no sacrário, mas Maria não está naquela imagem. A imagem é símbolo, a Eucaristia é real.
Diante de alguma escultura ou pintura, ou de qualquer lembrança dela, feche os olhos e então peça ajuda. De Jesus, Maria entende. De orar, ela entende. Para nós, católicos, ela está viva e no céu ao lado do Filho."
UM ROSTO PARA JESUS CRISTO
José Fernandes de Oliveira (Pe. Zezinho, scj)
Clique aqui para saber mais sobre o livro

domingo, 31 de março de 2013

A Páscoa

A história antiga conta que o povo de Israel quando ainda eram nômades no deserto, esperavam pela primeira lua cheia da primavera para viajarem. Como havia muitas crianças nos acampamentos e elas eram mais vulneráveis, eles costumavam imolar um cordeiro macho, novo, sem nenhum defeito e oferecer para Iaweh em expiação pelas crianças para que elas suportassem a viajem sem sofrer com os perigos do deserto. O sangue do animal era usado para aspergir o povo em sinal de proteção e sua carne servia de alimento. Esse costume que se repetia a cada ano, era um culto prestado a Iaweh.

Quando o povo ficou escravo no Egito esse culto ficou um tanto comprometido porque o Faraó não permitia que o povo fosse até o deserto para a celebração da páscoa.

Quando Moisés voltou para o Egito, depois do episódio da sarça ardente, ele em nome do povo e por instrução de Iaweh, pediu ao Faraó que deixasse o povo ir até o deserto para prestar o seu culto a Deus, mas o Faraó não permitiu (Ex. 7). Então Deus lançou sobre o Egito muitas pragas, e a décima praga foi a que deu origem a uma nova páscoa. (Ex.12) Foi quando Deus mandou Moisés instruir os israelitas para que cada família imolasse um cordeiro novo e sem defeito e usasse o sangue do animal para marcar as travessas das portas das casas, assim quando Deus passasse para ferir todos os primogênitos do Egito, reconheceria as casas dos Israelitas e os livraria.

Eles fizeram tudo conforme as instruções que Deus havia dado a Moisés, quando a décima praga atingiu todo o Egito só os Israelitas escaparam e o Faraó vendo isso temeu a Iaweh. Então, quando Moisés voltou a pedir permissão para o povo sair, esta foi concedida. Tem mais história por aí, mas vamos nos ater apenas ao que diz respeito a Páscoa.

Quando o povo se viu livre, festejou e cantou a Deus Iaweh por tê-los libertado da escravidão do Egito. Então Deus falou a Moisés que esse acontecimento seria, para ele e o povo, um memorial perpétuo, passando de pai para filho e sendo comemorado a cada ano. Isso trouxe um novo sentido para a Páscoa, pois o povo passou da escravidão para a liberdade e tal fato deveria ser não apenas comemorado, mas tornado presente a cada ano. Isso aconteceu no primeiro mês, na primavera.

Jesus quando ceava com seus discípulos, celebrava a páscoa judaica (aquela que havia se tornado perpétua, lembra?) e foi lá que ele repartiu pão e vinho dizendo: “Tomai comei, tomai bebei esse é meu corpo e sangue que é dado por vós, fazei isso em memória de mim”. (Lc 22,26). O que vem depois nós bem sabemos, sofrimento, morte...

Porém, Jesus não ficou morto. Ressuscitou, se revelando o novo cordeiro, o cordeiro de Deus que veio para nos livrar, nos resgatar.

Em Jesus a Páscoa se renova outra vez. Ele firma uma Nova Aliança entre Deus e a humanidade, nos possibilita ressuscitar a cada dia, desprendendo-nos das coisas do mundo, das aflições e angústias que insistem em nos manter como escravos.

Jesus prometeu e cumpriu. Ele Ressuscitou, nos deu nova vida. Ele é o caminho a verdade e a vida, quem o segue nunca caminhará nas trevas!

Uma Feliz e Santa Páscoa!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Os Salmos

Os salmos são poemas cantados e recitados desde há muito tempo. A autoria da maioria deles é atribuída a Davi, que mesmo antes de ser rei já tocava sua harpa para acalmar os “nervos” do Rei Saul (1Sm 16.23). Davi foi um homem que conheceu toda a sorte de provações, sofrimentos, alegrias e dores que um ser humano pode suportar. Transmitiu isso nos versos de cada salmo que dedicava a Javé. Jamais esqueceu que Deus era o norte de sua vida (Sl 27). Ao fugir de um inimigo, ou até mesmo quando foi traído por seu filho Absalão (Sl 3), Deus foi sempre a sua rocha.

Isso não era só com Davi, mas com todo o povo de Israel que enfrentou muitas tribulações, como conta a História. Quem criava um salmo preocupava-se apenas em manifestar diante de Deus e das pessoas as suas alegrias, decepções, angustias, confiança, fé, esperança etc.

Ainda hoje, ao lermos, recitarmos ou cantarmos um salmo, nos identificamos com eles porque foram criados a partir de situações concretas vivenciadas pelas pessoas daquele tempo, isso os torna sempre atuais.

Os salmos foram cantados nas liturgias cristãs durante muito tempo, até que caíram em desuso por conta da especialização de cantores ao mesmo tempo em que a participação do povo diminuía. Após o Concilio Vaticano II, o salmo responsorial voltou a ser utilizado nas missas.

Além do valor poético e espiritual, o salmo, que é uma oração, deve ser entoado com simplicidade sem deixar de ser exuberante, como o fora desde o tempo em que era cantado no Templo de Jerusalém, acompanhado por diversos instrumentos (falarei mais sobre esse assunto numa outra oportunidade).

Na minha opinião, a função do salmista é um verdadeiro ministério, este deve estar bem preparado para que, ao entoar o salmo, faça com o coração e assim atinja o objetivo que é levar o povo a orar e louvar.

por Márcia Pires