quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Os Salmos

Os salmos são poemas cantados e recitados desde há muito tempo. A autoria da maioria deles é atribuída a Davi, que mesmo antes de ser rei já tocava sua harpa para acalmar os “nervos” do Rei Saul (1Sm 16.23). Davi foi um homem que conheceu toda a sorte de provações, sofrimentos, alegrias e dores que um ser humano pode suportar. Transmitiu isso nos versos de cada salmo que dedicava a Javé. Jamais esqueceu que Deus era o norte de sua vida (Sl 27). Ao fugir de um inimigo, ou até mesmo quando foi traído por seu filho Absalão (Sl 3), Deus foi sempre a sua rocha.

Isso não era só com Davi, mas com todo o povo de Israel que enfrentou muitas tribulações, como conta a História. Quem criava um salmo preocupava-se apenas em manifestar diante de Deus e das pessoas as suas alegrias, decepções, angustias, confiança, fé, esperança etc.

Ainda hoje, ao lermos, recitarmos ou cantarmos um salmo, nos identificamos com eles porque foram criados a partir de situações concretas vivenciadas pelas pessoas daquele tempo, isso os torna sempre atuais.

Os salmos foram cantados nas liturgias cristãs durante muito tempo, até que caíram em desuso por conta da especialização de cantores ao mesmo tempo em que a participação do povo diminuía. Após o Concilio Vaticano II, o salmo responsorial voltou a ser utilizado nas missas.

Além do valor poético e espiritual, o salmo, que é uma oração, deve ser entoado com simplicidade sem deixar de ser exuberante, como o fora desde o tempo em que era cantado no Templo de Jerusalém, acompanhado por diversos instrumentos (falarei mais sobre esse assunto numa outra oportunidade).

Na minha opinião, a função do salmista é um verdadeiro ministério, este deve estar bem preparado para que, ao entoar o salmo, faça com o coração e assim atinja o objetivo que é levar o povo a orar e louvar.

por Márcia Pires

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